‘Mais que meia culpa, PSDB tem que desfiliar líderes alvos de denúncias’, declarou à CBN
O Jornal da CBN 2ª edição conversou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB. O mais novo governador eleito no país em outubro, aos 33 anos, Leite criticou os descaminhos do partido, que ficaram nítidos, segundo ele, com série de denúncias envolvendo seus filiados, e defendeu mudanças de caminho no ninho tucano.
O governador defendeu a privatização de empresas e já tem prontos projetos neste sentido enviados à Assembleia Legislativa do Estado. A ideia é desburocratizar os trâmites para acelerar o processo. Ele pretende também adiantar receitas de privatizações para poder pagar o funcionalismo.
Eduardo Leite é a favor da reforma da Previdência como caminho para melhorar a saúde financeira do estado. Na entrevista, o governador avalia alguns pontos controversos do texto enviado ao Congresso pelo governo federal, como a ideia de se suspender o pagamento do Benefício da Prestação Continuada, o BPC. Ele defendeu principalmente a idade mínima para a aposentadoria, já que ‘mudou o perfil demográfico da população’. E completa: ‘É preciso mudar as regras (de aposentadoria) contemplando essa nova realidade’.
Questionado sobre a intenção do governador de São Paulo, João Doria, de mudar o nome do partido e fazer outras alterações, afirmou: ‘Mudança de nome é a última etapa de um processo de revisão interna do partido. Tem que ser a expressão de uma nova forma de condução do PSDB.’
Ele sustenta que questões éticas dos filiados e de membros de alta representatividade são o grande problema da sigla, especialmente em relação ao então senador Aécio Neves. ‘O PSDB se desconectou da realidade ao assistir denúncias contra filiados, especialmente o (hoje) deputado Aécio Neves, e ter assistido passivamente. E mais do que isso: tê-lo mantido no comando da sigla, quando ele interferiu no processo’.