‘Deu ruim’. Quebra pau e muita confusão durante a esperada convenção nacional do PSDB nessa sexta-feira (31)
As coisas não andam boas para a tucanada em todo o país. Confira:
As divisões no PSDB ficaram expostas em um empurra-empurra durante a convenção nacional do partido, realizada hoje em Brasília, e que terminou com a eleição de Bruno Araújo para a presidência do partido. Duas alas da juventude tucana trocaram xingamentos e tiveram que ser separados por seguranças.
A confusão é fruto do racha interno entre os cabeças pretas – aliados a João Doria, que defende um partido que ‘desça do muro’ pela direita – e lideranças tradicionais, que são mais moderadas ao centro.
Uma das alas, a Ação Popular, ligada ao senador Tasso Jereissati, se desentendeu com o grupo Conexão, vinculado ao governador João Doria. O motivo teria sido porque o grupo Conexão vaiou a sobrinha do senador Tasso, Júlia Jereissati. Ela foi eleita ontem para comandar a juventude nacional do partido.
Alguns integrantes foram retirados do evento por seguranças. Desde o início da convenção, às 10h, os grupos estavam em clima de torcida, com gritos de guerra, tambores e músicas ensaiadas para exaltar o partido.
A confusão aconteceu no auditório, sob os olhos do então presidente da sigla, Geraldo Alckmin, do governador paulista João Doria, e de outras lideranças. O PSDB realizou hoje convenção nacional, que homologou Bruno Araújo como novo presidente do partido.
Participam da convenção o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-senador e presidente do MDB, Romero Jucá. Nos bastidores, há um movimento de que esses partidos tradicionais — que perderam postos nas eleições – buscam um entendimento para atender às novas demandas da população.
Mudanças no PSDB
Doria efetivou uma mudança no partido anunciada no dia em que foi eleito governador: quem comanda a sigla é quem tem votos. O tucano colocou o apadrinhado Marco Vinholi (ex-deputado estadual) na coordenação estadual da sigla e Bruno Araújo na presidência da Executiva nacional, assumindo o posto de Alckmin.
O partido teve uma queda na representatividade no Congresso nas eleições de 2018. Os tucanos conseguiram 5% dos votos nas eleições presidenciais com Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo.